domingo, 2 de novembro de 2008

O histórico da crise

2001

Com os juros em baixa, os norte americanos refinanciam seus imóveis,
pegando dinheiro na troca, como consequência, os valores desses imóveis começam a subir. Aumento da procura faz preços das casas atingirem recorde histórico e o ciclo da alta dos preços se estabiliza.




2006

Ben Bernanke, (foto) presidente do Federal Reserve (Fed, o banco centrel dos Estados Unidos) se mostra preocupado com a inflação no país.



Como reação a essa inflação crescente, a taxa de juros é elevada para 5,25%, maior índice desde 2001. Com juros mais alto, o mercado imobiliário fica menos atrativo, e o valor dos imóveis começam a cair. Com os preços dos apartamentos em baixa, novas hipotecas alcançam valores menores, e empresas de concessão de crédito passam a enfrentar inadimplência. No total, 4,95% dos empréstimos imobiliários não foram pagos no quarto trimestre de 2006.

2007
A crise imobiliária chega as bolsas de valores. Com as prestações dos imóveis pressionando o orçamento, os americanos tem menos dinheiro disponível para o consumo. A desaceleração da economia preocupa o mercado e as ações caem.
Sem financiamento de seus credores e atingida pela inadimplência, a New Century, uma das maiores empresas de créditos imobiliários do país, voltada principalmente ao setor do subprime(alto risco) pede proteção da lei de falência. Em Agosto, preocupado com a redução da taxa econômica, o Fed corta a taxa de juros de seus empréstimos para bancos comerciais. O BC norte americano também faz injeções milionárias para garantir a liquidez dos bancos, em um único dia foram US$ 38 bilhões.
As quebras das empresas de crédito começam a se multiplicar, e a crise também afeta a Europa. O banco francês BNP Paribas, suspende o resgate de três fundos ligados ao mercado do subprime dos EUA. E em setembro o Fed corta mais uma vez, no mesmo ano, a taxa de juros, mesmo assim, financiadores das empresas de crédito, os bancos anunciam perdas bilionárias ligadas a crise hipotecária. BUSH anuncia o plano de "congelamento" , por cinco anos, dos juros das hipotecas de alto risco, com benefícios até para 1,2 milhões de pessoas.
2008
No começo do ano, o índice de inadinplência nas hipotecas imobiliárias chega a 21%. Como medida emergencial, o Fed faz dois cortes seguidos na taxa de juros. O banco Douglass se torna a primeira vítma da crise, e é fechado pela autoridade monetária americana. Os EUA divulgam um crescimento de 2,2% do Pib, o menor desde 2002. O congresso aprova um plano de US$ 168 bilhões para estimular o consumo e conter a desaceleração econômica.
O Fundo monetário internacional (FMI) calcula que o custo da crise é de US$945 bilhões, o que significa a maior crise desde a década de 30, com a depressão americana. Em maio, o número de bancos com sérios problemas chega a 90 no país, maior nível desde 2004. As gigantes do financiamento imobiliário também são afetadas, em um único dia, Fannie Mae
e Faddie Mac sofrem um tombo de quase 30%, como providência, o governo americano aprova um pacote de medidas para ajudar os inadimplêntes, a renegociarem as negociações da casa própria, com insenção de impostos e ajuda de empresas.
A inflação anual dos EUA chega a 4,5% a maior em 17 anos, ao mesmo tempo a renda pessoal cai 0,07%, o maior recuo desde 2005.
As perdas da Feddie Mac e da Fannie Mae continuam e chegam a 80% desde o início do ano, mais três instituições fecham as portas somando três neste ano. Em setembro, o governo americano assume das gigantes hipotecárias, que detêm quase metade das dívidas hipotecárias no país . Os BCs mundiais injetam bilhões de dóllares para conter a crise, e o Tesouro dos Estados Unidos anunciam um plano de US$700 bilhões para estancar a crise. Um fundo deverá recompensar os créditos podres em circulação, cortando o problema pela "raiz". Com esse anúncio as bolsas voltam a subir.

O congresso americano rejeita o pacote bilionário de ajuda aos bancos e o mercado volta a cair, aqui no Brasil, na Bovespa, a queda ultrapassa 10% e pela primeira vez em quase dez anos,suas atividades são interrompidas.
Pressionado pelo senado, Bush aprova o pacote de resgate, acrescentado algumas vantagens aos contribuintes, o mercado que reage com cautela volta a ter quedas em dias sucessivos. A Câmara dos EUA volta atrás e aprova o pacote modificado em US$700 bilhões, a aprovação do pacote não foi o suficiente os temores dos investidores, na Europa e na Ásia, foram registradas perdas de mais de 5%. E a Bovespa teve seus negócios interrompidos por mais duas vezes, após quedas de 10% e 15%.
Entre tantos pacotes e medidas propostas, nos resta ter cautela para investir e comprar o possível à vista. A crise já chegou ao Brasil, porém amenizada devido alguma medidas,
mas é bom evitar o crédito, os juros por aqui ainda estão congelados, mas com a instabilidade que vivemos no momento não é para parcelamentos. A funcionária do Bid Vera Pousada, diz que na américa do Sul países que não pediam empréstimos, começaram a pedir, e os mais endividados em quantidades maiores, "todos os pedidos são analizados com mais atenção nesse momento" diz a brasileira que está a 12 anos nos Estados Unidos.