sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Entenda o colapso financeiro

A crise financeira que teve seu estopim a partir dessa segunda-feira tem recebido toda a atenção dos grandes jornais do Brasil e do mundo. Para entender quais são os possíveis riscos para o País, assim como os reais impactos na vida dos brasileiros, é necessária uma breve explicação de como se deu a crise imobiliária nos Estados Unidos.

Origem

Tudo começa com o mercado de hipotecas norte-americano subprime. É um crédito de habitação de alto risco que é destinado a uma parcela da população com baixos rendimentos e situação econômica mais instável, ou seja, mais passível de dar calotes, e sendo o imóvel a única garantia exigida nestes empréstimos. Esses clientes começaram a financiar imóveis residenciais. Desse modo, com baixos juros no mercado mundial, aumentou a demanda por papéis de maiores riscos. As grandes companhias que vendiam hipotecas subprime começaram a pedir empréstimos a Wall Street e depois revendiam as hipotecas para seguradoras, com o intuito de ter mais lucro. Vários bancos de investimento começaram, então, a partilhar desses papéis de risco do subprime e vendiam eles também.

Desenvolvimento

Porém, o mercado imobiliário começou a se retrair no momento em que a população do subprime começou a dar mais calotes e não pagando os bancos. Estes começaram a ter seu dinheiro em processo de perda, o que levou a uma quebra das empresas de hipotecas. Sem ter pagado as dívidas, as pessoas começaram a perder seus imóveis, o que criou uma maior oferta no mercado, já que tinham mais imóveis vazios. Esse aumento na oferta derrubou os preços, fazendo com que os bancos apertassem os créditos aos consumidores.
Com o intuito de evitar uma restrição ainda maior do crédito, bancos centrais injetaram milhões de dólares no mercado financeiro. Os EUA diminuíram a taxa de juros de 5% ao ano (julho de 2007) para 3% ao ano. Porém, essa não foi a melhor opção de contensão da crise, já que está com dificuldade para pagar contas não vai consumir mais, mesmo com os juros menores. Esse método, ao invés de ajudar na crise só piorou, pois se utilizou da mesma premissa que ocasionou os problemas: empréstimos com taxas baixas e alto risco de calotes.

Conclusões em curto prazo

A crise norte-americano afetou o risco dos países da Europa, alguns em menor escala, como na Alemanha, outros em maior, caso da Espanha. Também foram prejudicados os países emergentes, tal como o Brasil, que teve queda de 7,59%, a maior desde 11 de setembro de 2001.
Esse agravamento decorre do fato de que a queda no preço dos imóveis leva a uma redução da riqueza dos consumidores americanos e, então, menos dinheiro disponível para o consumo. Com um fraco desempenho da economia dos EUA também sofrem todos os países que exportam para ele.

Perspectivas futuras

Ainda não se sabe ao certo o quanto e até quando a economia norte-americana vai desacelerar e qual será o impacto na atividade econômica dos outros países. Parte dos analistas financeiros acreditam numa certa “interdependência” dos países emergentes na crise, já que os mercados financeiros da China e da Índia poderiam absorver as exportações excedentes. Contudo, outra parcela de analistas tem a opinião que a China também seria afetada por uma recessão nos EUA e assim não conseguiria suportar a situação econômica dos países emergentes.

fontes: BBC Brasil / El País / O Estado de S. Paulo / Valor Econômico

Maior alta do século na Bovespa

O principal índice acionário da Bovespa, encerrou o dia com sua maior alta em 9 anos . A elevação é a maior registrada desde 15 de janeiro de 1999. Seguindo as valorizações nas negociações estrangeiras o Ibovespa fechou o dia em alta de 9,57% somando 53.055. A euforia do mercado externo, se deu após a divulgação de medidas nos Estados Unidos para reduzir os riscos sistêmicos do mercado financeiro.
Os números positivos estiveram em todas as Bolsas do mundo. Na Europa, a Bolsa de Londres subiu mais de 400 pontos, a maior elevação em 20 anos, fechando em alta de 8,84%. Em Paris, a alta foi de 9,27%, para 4.324 pontos, e em Frankfurt houve elevação de 5,56%.
Liderados pelo secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, as autoridades norte-americanas estão desenhando uma solução para resolver o problema das centenas de bilhões de dólares em dívidas podres de hipotecas.
O dólar andou na reta oposta dos números positivos. A divisa norte-americana encerrou a sexta-feira, na maior queda diária em seis anos.
anulando a disparada da véspera com a atuação do Banco Central e o otimismo internacional por um plano dos Estados Unidos contra a crise financeira. A moeda norte-americana terminou a R$ 1,831, com queda de 5,13%. É a maior queda percentual desde 1º de agosto de 2002.


Fonte: Estadão

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: Dólar dispara e BC retoma venda

Folha de S. Paulo: EUA estudam assumir papéis podres

Gazeta Mercantil: Bancos centrais injetam recursos e mercados reagem

O Globo: Dólar dispara e vai a R$ 2

Valor Econômico: Dólar dispara e leva BC a intervir

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: Estrangeiro sai e bolsa perde 6,74%

Folha de S. Paulo: Crise financeira derruba Bolsas e paralisa crédito

Gazeta Mercantil: Socorro bilionário à AIG falha e mercados mergulham na crise

O Globo: Globo e Rússia perdem mais

Valor Econômico: Crédito encolhe no mundo todo

Bovespa se recupera e encerra o dia com a terceira maior alta porcentual de 2008

A quinta-feira foi positiva na Bovespa. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou o dia em alta de 5,48% somando 48.422 pontos. Rumores do mercado externo, de que o governo dos Estados Unidos irá criar um fundo para assumir as dívidas exorbitantes dos bancos norte-americanos, animaram as negociações e fez a Bolsa Paulista fechar com a terceira maior alta porcentual de 2008. A variação de hoje só perdeu para 24 de janeiro deste ano (alta de 5,95%) e 30 de abril (ganho de 6,33%). A recuperação da Bovespa trabalhou em terras favoráveis, além dos rumores externos, a baixa nos preços, devido à queda de ontem no mercado de ações, ajudou ainda mais a bolsa
A volatilidade foi grande, o Ibovespa chegou à mínima de 45.295 pontos (-1,34%) máxima de 49.002 pontos (+6,74%). As perdas do mês turbulento foram reduzidas a -13,02% e no ano. -24,20%. O volume financeiro foi expressivo e totalizou R$ 7,5 bilhões.
Com tudo isso, e ainda com a alta do petróleo no mercado externo - o contrato para outubro subiu 0,74%, para US$ 97,88 - as ações da Petrobras conduziram a guinada do Ibovespa. Petrobras ON (ordinárias) avançou 7,06% e PN (preferenciais), 8,05%, esta com giro de R$ 1,291 bilhão. Vale ON teve alta de 7,28% e PNA, de 7,45%.
O dólar também teve resultados positivos, a divisa que atingiu R$1,962 na máxima do dia, encerrou a quinta-feira cotado a R$1,93.

Fontes: Estadão, Agência Estado

Nova taxa para trabalhadores liberais

Decisão do STF prevê mais uma taxa para os trabalhadores liberais: o Confins, por 8 votos a 2, será cobrado também para quem presta serviços por meio de empresa própria. A cobrança será retroativa para os últimos cinco anos, inclusive daqueles que haviam recebido permissão de isenção de pagamento através de decisões judiciais. Serão atingidos pela medida escritórios de advocacia, clínicas médicas e pequenas empresas jornalísticas, entre outros. A União poderá receber cerca de R$ 5 bilhões pelas cobranças atrasadas, de acordo com cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. O acréscimo que virá para a arrecadação habitual do governo, entretanto, ainda é desconhecido

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: BCc socorrem bancos com US$ 210 bi

Folha de S. Paulo: Com US$ 85 bi, EUA salvam seguradora

Gazeta Mercantil: FED mantém taxa de juros e acalma ânimo dos mercados

O Globo: EUA estatizam 3ª maior seguradora do mundo

Valor Econômico: Todo o mercado olha para a AIG

Medo externo derruba Bovespa e dólar sobe para R$1,867

O dia foi turbulento na Bovespa nesta quarta-feira, o principal índice de referência nas negociações, o Ibovespa, encerrou o pregão, em baixa de 6,74% voltando ao patamar de 45.908 pontos, o menor desde o dia 2 de abril do ano passado, quando havia registrado 45.597 pontos. As perdas da BM&F na semana acumulam baixas de 17,55% e no ano, 28,14%. O volume financeiro do dia totalizou R$ 7,457 bilhões. As ações da Petrobrás, que subiram em boa parte do período da tarde seguindo a disparada do preço do petróleo (US$97,16 o barril), não foram fortes o suficiente para suportar as fortes pressões do mercado.
Os fatores externos foram os principais vilões das negociações. O temor dos investidores de que o resgate da seguradora norte-americana
American International Group (AIG) não seja suficiente para amenizar a tempestade que atinge os mercados prejudicou as negociações, não só aqui, mais em todo o mundo.
As principais bolsas européias fecharam o dia, no menor nível desde maio de 2005. Em Londres, o índice FT-100 caiu 113 pontos (2,25%) e fechando o dia com 4.912 pontos; em Paris, o índice CAC-40 recuou 87 pontos (2,14%) e fechou com 4.000 pontos; em Frankfurt, o índice Xetra-Dax caiu 104 pontos (1,75%) e encerrando o pregão alemão com 5.860 pontos.
Em Wall Street não foi diferente, os números negativos prevaleceram e a bolsa de Nova York teve sua 2ª maior queda do ano. O índice Dow Jones recuou 4,06%, aos 10.609 pontos, o S&P 500 recuou 4,71%, aos 1.156 pontos, e o Nasdaq, na mínima do dia, perdeu 4,94%, aos 2.098 pontos.
O dólar garantiu sua alta diante do mercado turbulento desta quarta-feira atingindo sua maior alta em pouco menos de um ano. A divisa americana obteve alta de 2,58% sendo cotado a R$1,867.


Fontes: Agência Estado e Estadão

Barclays compra operações do Lehman Brothers!




O banco britânico Barclays vai pagar US$ 250milhões em dinheiro, pelas operações de banco de investimento e de mercados capitais do Lehman Brothers. Além disso, o banco britânico vai pagar mais US$ 1,5 bilhão pela sede do Lehman em Nova York e pelos seus dois centros de dados em Nova Jersey. As operações tem aproximadamente 10 mil empregados.A empresa que era a principal candidata a compra do banco, o que evitaria a concordata e , provavelmente, a crise havia desistido por não conseguir garantias de comprometimento financeiro por parte do governo americano. Mas o Lehman tem proteção dos credores pela lei de concordatas e falência, e os "ativos ruins" podem ser deixados na companhia holding para serem liquidados de acordo com as instruções do tribunal de falência. Sendo assim, a Barclays fechou o acordo do modo que queria desde o início.

Fed mantém em 2% a taxa de juros

Em meio da crise, o Banco central americano-Fed, decidiu manter a taxa de juros de 2% ao ano, optando por ajudar o mercado financeiro com instrumentos de liquidez em vez de reduzir a taxa.
Até recentemente, os mercados financeiros esperavam que o Fed mantivesse o juro. Mas o mercado mudou a aposta para um corte de 0,25 ponto percentual após o pedido de proteção contra falência do Lehman Brothers, a venda do Merrill Lynch para o Bank of America e a dificuldade da seguradora AIG em levantar dinheiro.
Os eventos sacudiram os mercados financeiros e ameaçam ampliar a crise de crédito, que já tem ajudado a empurrar a economia dos Estados Unidos em direção à recessão. Após a notícia, as Bolsas de valores tiveram queda e a crise continua se agravando.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Lehman Brothers quebra

O quarto maior banco de investimento americano quebrou nessa segunda-feira, após ter o pedido de ajuda negado pelo FED (banco central americano), e entrar nessa manhã com o pedido de recuperação judicial, teve que fechar deixando mais de 25 mil funcinários na rua. A reação das bolsas de valores, foi a pior desde o 11 de setembro, onde hoje a BOVESPA fechou com - 7,59.
As expectativas de uma forte desaceleração da economia mundial, derrubou as cotações das commdities e o preço do petróleo fechou abaixo de US$100 na Bolsa Mercantil de Nova York(Nymex), o que não acontecia desde março.

Com isso, dos cinco maiores bancos de investimentos dos EUA, três já estão em crise devido ao subprime(hipotecas de alto risco). Numa tentativa de resoluções a curto prazo, o FED está aceitando comprar dos bancos títulos considerados de risco. E instituições de dez bancos internacionais criaram um fundo de emergência de US$ 70 bilhões. O Merril Lynch, rival do Lehman Brothers foi vendido ao Bank of America por US$ 50 bilhões para não ter o mesmo fim de seu concorrente.

O próximo passo é ajudar a maior seguradora americana AIG (American Internacional Group) a levantar capital, que precisa de US$75 bilhões para não fechar. Só ontem, suas ações perderam quase 61%. Analistas alegam que essas quebras são só o começo.


Celso Ming explica a crise:

http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowAudios.action?produto=Estadão

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

Petrobrás, Vale e taxa de juros fixada em 2%, alivia mercado nacional

O anúncio sobre a manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos, em 2%, acalmou o mercado de ações nesta terça-feira, além de rumores sobre um possível acordo para salvar a gigante de seguros AIG.
O mercado se iniciou com medo seguindo as baixas nas principais Bolsas asiáticas e européias. No entanto, ao longo do dia o Ibovespa, principal índice do pregão nacional, se assegurou com as notícias dos Estados Unidos e principalmente pelo volume de negócios nos papéis da Vale do Rio Doce e Petrobrás. O índice da Bovespa fechou em alta de 1,68% aos 49.228 pontos depois de oscilar entra a mínima de 4,45% e máxima de 1,85%. As perdas do mês tiveram ligeira queda de 11,59% e, no ano, para 22,94%. Ontem o Ibovespa encerrou o dia em baixa de 7,59% acumulando perdas de 13,06%, no mês e 24,21% no ano.
Com a melhora em Wall Street, as ações da Petrobras, que foram exceção de ganhos nos momentos ruins da Bovespa, ampliaram os ganhos e possibilitaram a virada da Bolsa. As ações ordinárias (ON) da estatal avançaram 5,74% e as preferenciais (PN), 5,03%, a despeito da queda do petróleo - em Nova York, o contrato futuro com vencimento em outubro perdeu 4,76%, para US$ 91,15 o barril. Vale ON subiu 2,57% e PNA, 3,75%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,30%, aos 11.059,02 pontos, o S&P 500 avançou 1,75%, para 1.213 pontos, e o pregão eletrônico, Nasdaq, teve elevação de 1,28%, aos 2.207 pontos. As bolsas européias, que fecharam antes da decisão do Federal Reserve sobre juros e dos rumores sobre AIG, não tiveram a mesma sorte e, seguindo as baixas asiáticas, tiveram mais um dia de perdas expressivas. O mercado londrino fechou em queda de 3,53%, Paris perdeu 1,96% e Frankfurt caiu 1,63%.
No mercado de câmbio, a moeda norte-americana, que atingiu o valor de R$1,855, no balcão; e R$1,852 na BM&F encerrou o dia em ligeira alta de 0,33% sendo cotado a R$1,82.


Fontes: Agência Estado e O Estado de São Paulo

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: Quebra de banco nos EUA leva pânico às bolsas globais

Folha de S. Paulo: FED mantém cautela diante de turbulência e deixa juros em 2%

Gazeta Mercantil: Derrocada do Lehman arrasta bolsas ao redor do mundo

O Globo: FED mantém taxa de juros dos EUA em 2% e humor dos mercados melhora

Valor Econômico: Crise já atinge o crédito no Brasil

Exaustão pode parar corte de cana-de-açúcar

Bauru, São Paulo. O Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajustamento e Conduta inédito com as usinas Renascença e Novo Horizonte: se a temperatura na lavoura passar dos 37ºC, o trabalho de corte da cana será cessado. Quem se responsabilizará pela medição da temperatura serão as usinas. Haverá, para cada medição feita, duas testemunhas escolhidas entre os trabalhadores.

Ontem, a máxima na região chegou aos 27,6ºC, segundo a CETESB. Nove casos de abandono de posto de trabalho foram constatados em uma blitz. O médico do posto de saúde da região confirmou o diagnóstico.

Há uma lei em vigor (Norma Regulamentadora 31), que permite a interrupção do trabalho por causa de condições climáticas adversas.

O Termo assinado é vitalício é vale para os quatro meses mais quentes durante o período da safra, e considera ainda outras determinações. Os usineiros serão obrigados a cumprir todos os períodos de pausa (almoço de uma hora e descansos de 15 minutos). A usina será obrigada a estabelecer um sistema de comunicação por rádio, com ambulância, que não poderá se encontrar mais distante de 5km da lavoura. Se houver descumprimento, a multa é de R$500 diários até a adequação da empresa às normas.

Todos os empresários assinaram o Termo e concordaram com os itens descritos.

A maior do mundo em celulose

Com produção total de 6 milhões de toneladas em 2008 e receita total de R$ 6,3 bilhões, o Grupo Safra e a Votorantim Industrial formaram a maior companhia de celulose do mundo. O negócio será constituído por uma holding que terá controle dos ativos da Votorantim Celulose e Papel S.A (VCP) e da Aracruz. Não haverá troca de controle, mas um rearranjo entre os atuais sócios das companhias. Com isso, a nova holding, de nome ainda indefinido, terá participação de 32% no mercado global de celulose e eucalipto (celulose de fibra curta). A Votorantim Industrial terá 57,23% e a Arainvest 42,77% do capital total da Cia. A meta das empresas é concluir a operação até o dia 6 de outubro deste ano.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: FED comanda operação de guerra para segurar crise global de crédito

Folha de S. Paulo: Balança tem superávit de US$ 1,257 bi na 2ª semana
Gazeta Mercantil: Jazidas de Serra Pelada voltam à cena

O Globo: Balança tem superávit de US$ 1,257 bi na 2ª semana do mês

Bovespa tem sua maior queda desde 11 de setembro de 2001 e fecha abaixo dos 49 mil pontos

Seguindo as principais Bolsas mundiais o Ibovespa, principal índice do pregão nacional, fechou o dia em queda de 7,59%. Essa é a maior queda no mercado acionário em pouco mais de sete anos. Em pontos, o Ibovespa fechou o dia com 48.416 pontos. A máxima pontuação foi registrada logo no início do pregão quando o índice era praticamente instável (0,01%) com 52.386 pontos. A mínima do dia registrou 48.409 pontos. No mês a Bolsa brasileira acumula perdas de 13,06%, e no ano 24,21%. O giro financeiro somou R$6,57 bilhões. Apenas uma ação do Ibovespa fechou em alta hoje: Comgás PN (+0,51%).
O nervosismo no mercado externo se deu diante do anúncio da venda do Merrill Lynch para o Bank of America além do pedido de concordata de um do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, que já carregava 158 anos de história. O banco, que sobreviveu a Grande Depressão e ao crash das bolsas americanas nos anos 30, se rendeu à crise imobiliária americana, deixando dividas de US$613 bilhões, e puxando os principais mercados acionários do planeta.
Antes de mesmo do início do pregão, o índice futuro já indicava o caminho das negociações nesta segunda-feira. O Ibovespa registrou queda de 6% na primeira hora do pregão. Em Wall Street, o índice Dow Jones recuou 4,42%, aos 10.917 pontos, o S&P teve baixa de 4,71%, aos 1.192 pontos, o Nasdaq fechou em queda de 3,60%, aos 2.179 pontos.
O cenário de ações amanha não é visto com muito otimismo, segundo analistas, com a abertura do mercado japonês, que esteve fechado junto com Hong Kong, China e Coréia do Sul, devido a um feriado; diversos bancos do Japão estão entre os principais credores bancários do Lehman Brothers, assim a turbulência pode ser ainda maior que a de hoje.


Fontes: Bovespa e Agência Estado

domingo, 14 de setembro de 2008

Manchetes do Dia


O Estado de S. Paulo: Atraso de obras faz País refém do gás boliviano até 2010

Folha de S. Paulo:
Indústria refuta plano do governo para racionar gás

Gazeta Mercantil: Estabilidade das commodities faz Ibovespa subir 1,69%

O Globo: País não tem plataformas, navios e portos suficientes para o pré-sal

Valor Econômico: Bolívia rejeita mediação brasileira para conflito