sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O temor da RECESSÃO

Estaríamos iniciando um período de recessão nas principais economias mundiais, sobretudo a norte-americana? É o que pensam os principais economistas e analistas financeiros.
Mesmo com diversos planos de resgate ao setor financeiro anunciados pelos Estados Unidos e pela Europa os mercados entraram em crise e as bolsas despencaram com temor de recessão. Nos EUA, o próprio presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Bem Bernanke, afirmou que levará tempo para o País sair da crise e que “parecem estar em recessão”.
Na Europa os indícios não param de aumentar: na Alemanha a previsão de crescimento para 2009 diminuiu de 1,7% para 0,2%. Na França, o banco central admitiu a redução do PIB por dois trimestres consecutivos, o que é sinal de recessão técnica. Na Inglaterra, Londres sofre baixas históricas. Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio despencou e chegou a segunda menor baixa da história, com perdas de 11,41%.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve que prolongar o pregão e interromper negociações nesta quinta-feira (16) para tentar diminuir o impacto negativo frente ao pessimismo dos mercados globais e o medo de recessão. A Bovespa terminou os negócios com queda de 11,39%, a maior em dez anos, mesmo com o uso do ‘circuit breaker’, que interrompeu as negociações pela quinta vez desde o início da crise.
O Banco Central ainda tentou conter a alta do dólar e dar uma freada na bolsa brasileira. Em três atuações, o BC foi aos mercados e vendeu US$ 600 milhões, US$ 1,282 bilhão e US$ 400 milhões.

Porém, se o temor da recessão se confirmar no Hemisfério Norte, não há ajuda que segurará as bolsas, tanto no Brasil como nos outros países emergentes também. Os reais efeitos serão sentidos por empresários e consumidores terciários. O importante é saber quanto dinheiro será perdido e em quanto tempo a economia mundial voltará a se estabilizar e parar de sofrer mudanças bruscas no setor financeiro.

2 comentários:

Henrique Gióia disse...

"O importante é saber quanto dinheiro será perdido e em quanto tempo a economia mundial voltará a se estabilizar e parar de sofrer mudanças bruscas no setor financeiro."
Ahn se tudo fosse tão fácil de responder.
Mais sou confiante acredito que logo a economia americana se estabilizará e os paises emergentes, como Índia e Brasil, poderão comemorar ainda mais.

Renan Miret disse...

É, foi exatamente isso que o G20 propôs essa semana né, que os países emergentes não abaixassem a cabeça durante a crise e que exigissem uma reforma profunda no FMI e no Banco Mundial. Mas até agora não se ouviu nada mais que uma voz rouca na crise por parte desses países. Se eles querem maior participação no cenário mundial, têm que apresentar melhores soluções e não se sentirem imunes a toda e qualquer crise.